Anápolis poderá ter um modelo de referência para o País, em relação ao atendimento da Polícia Civil, não apenas no que concerne ao seu papel institucional, mas também na parte de infraestrutura e de envolvimento com a comunidade. Os projetos foram apresentados pelo delegado da 3ª Regional, Fábio Vilela, na noite da última quarta-feira, 11, durante reunião com empresários na Associação Comercial e Industrial de Anápolis.
A iniciativa de maior relevância - dentro das ações que estão sendo projetadas para Anápolis - é uma parceria com curso de Tecnologia da Construção Social, desenvolvido pela empresa Tijoleko com alunos de arquitetura da Faculdade Metropolitana de Anápolis (FAMA). No ano passado, inclusive, um primeiro projeto- denominado Casa da Dona Maria - foi realizado com sucesso, transformando a vida de uma moradora da do Jardim Arco Verde.
O projeto de parceria com curso de Tecnologia da Construção Social com a Polícia Civil visa a construção de um prédio anexo à sede da regional, localizado à margem da BR-060, no perímetro do Distrito Agro Industrial de Anápolis. O novo prédio, de acordo com o delegado Fábio Vilela, deve abrigar as unidades especializadas da corporação, com perfil de atendimento regionalizado, ou seja, para as cidades que estão jurisdicionadas à 3ª Regional: Pirenópolis; Corumbá de Goiás; Goianápolis; Abadiânia, Inhumas e Pirenópolis, dentre outras localidades.
O prédio antigo deve passar por reformas e continua abrigando a parte administrativa e passaria, também, a acolher o Programa Investigador Mirim, que já é desenvolvido em Goiânia. Anápolis deverá ser a primeira cidade no interior do Estado a realizar a iniciativa (veja matéria correlata).
Fábio Vilela informou, também, que está encaminhado o projeto para a criação de uma central de atendimento, que deverá ser viabilizada através de uma parceria público-privada. Neste caso, uma empresa irá construir um prédio para esta central e o Estado irá arcar com o aluguel do imóvel. Uma espécie de comodato.
Ainda, em relação ao novo prédio do DAIA, o empresário Luiz Antônio Oliveira Rosa, diretor da empresa Tijoleko, disse que o projeto será lançado oficialmente no dia 19 próximo, às 19 horas, no auditório do SENAC, com a presença de estudantes de outras partes do País que já demonstraram interesse na ação. A ideia é fazer uma grande mobilização para arrecadar recursos para o projeto, cujo custo está estimado em R$ 1,6 milhão. Segundo adiantou, todos os projetos estão praticamente prontos. Além disso, todo o organograma para o desenvolvimento da ação já foi montado. “Já temos a parceria de algumas empresas interessadas em fazer doações de material e estamos abertos para receber novos parceiros”, conclamou.
Praça do
Expedicionário
Em relação ao prédio da Central de Flagrantes na Praça do Expedicionário, na região central, o Delegado Fábio Vilela informou que a intenção é que, com o funcionamento da central de atendimento, o mesmo passe a abrigar apenas os distritos policiais que fazem a cobertura à região mais central da Cidade.
Uma antiga reinvindicação do empresariado e que, agora, se transformou em uma campanha de mobilização da ACIA, pela desocupação da Praça dos Expedicionários, é outro alvo das mudanças na Polícia Civil. De acordo com o Delegado Fábio Vilela, vem sendo trabalhado em níveis municipal e estadual, um projeto para que a gestão dos veículos apreendidos pela Polícia Civil seja transferida para um modelo de gestão municipal e, com isso, deixariam as portas de todas as delegacias. Trata-se de um modelo inovador, totalmente digitalizado e que deve ser referência para o País, caso se concretize. O projeto não irá gerar custo para o Estado. O Município terá um mecanismo compensatório para cobrir despesas e a Cidade ganha com a guarda desses veículos em um local seguro e que não cause transtorno ao trânsito e nem prejudique o urbanismo.
O presidente da ACIA, Anastácios Apostolos Dagios lembrou que a Federação das Indústrias do Estado de Goiás sinalizou a disponibilização de um recurso para a revitalização da Praça do Expedicionário, para uma homenagem ao Capitão Waldyr O’Dwyer, para comemorar o seu centenário. Porém, dois anos se passaram sem que fosse possível a retirada dos veículos do logradouro.
Investigador Mirim
Sobre o Investigador Mirim, o Delegado Fábio Vilela afirmou que o programa será transformado em uma ação de governo. A lei de criação já foi aprovada na Assembleia Legislativa e deverá ser sancionada em breve. O referido programa, segundo ele, visa assistir crianças oriundas de famílias de baixa renda. Eles receberão atendimento multidisciplinar, com atividades desportivas, módulos de ética e cidadania, prevenção ao uso de drogas, bullying, educação alimentar, educação ambiental, educação no trânsito e uso racional das redes sociais. Haverá, também, um módulo voltado ao empreendedorismo.
O programa tem como público alvo as crianças que cursam o Ensino Fundamental e que morem em setores adjacentes à Delegacia Regional. Haverá número limitado de vagas, mas a intenção é de que o atendimento seja ampliado para atender a demanda.
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