Em ano de eleição, candidatos e partidos voltam suas atenções para as pesquisas e para as estatísticas do eleitorado. E, no caso de Goiás, há um dado a se considerar: os 10 maiores colégios eleitorais do Estado concentram em torno de 48% dos mais de 4,3 milhões de eleitores.
Goiânia, a Capital, conforme dados mais recentes (de 2013) do Tribunal Superior Eleitoral, é o colégio eleitoral, com maior número de eleitores, com 901.000 eleitores (20,82% do eleitorado goiano), seguido por: Aparecida de Goiânia, 283.584 (6,55%); Anápolis, 265.749 (6,14%); Rio Verde, 114.894 (2,65%); Luziânia, 111.612 (2,58%); Trindade, 79.182 (1,83%); Águas Lindas de Goiás, 73.277 (1,69%); Itumbiara, 70.687 (1,63%); Valparaíso de Goiás, 69.716 (1,61%) e Formosa, 66.965 (1,54%).
Na eleição para Prefeito, em 2012, nestes mesmos municípios, os partidos da base aliada de Marconi Perillo venceram em Trindade, com Jânio Darrot, do PSDB; Águas Lindas, com Hildo Candango, PTB; Itumbiara, com Chico Bala, do PTB; em Formosa, com Itamar Sebastião Barreto; em Rio Verde, com Juraci Magalhães e em Luziânia, com Cristóvão Tormin. Estes três, do PSD. Já a oposição, leia-se PT-PMDB fez o restante. O PT elegeu Paulo Garcia, em Goiânia; Antônio Gomide, em Anápolis e Lucimar Conceição do Nascimento, em Valparaíso de Goiás. E, o PMDB, elegeu Maguito Vilela em Aparecida de Goiânia.
O que dá para notar é que há certo equilíbrio entre as forças políticas de situação e de oposição nos dez maiores colégios eleitorais, embora não seja possível se fazer um prognóstico se esse equilíbrio irá, ou não, se repetir, até pelo fato de que o processo eleitoral agora é outro. Mas, uma coisa é certa, são esses municípios que, praticamente, decidem a eleição em Goiás. O mapa geopolítico está sempre mudando e não será diferente agora. Vai depender de uma série de fatores: alianças, campanhas e o comportamento do eleitorado.
As estatísticas mostram, também, de forma clara, que em sendo realmente candidato à reeleição, Marconi Perillo conta bom uma base forte no interior. Como se diz no jargão político, nome que possui capilaridade, pelo fato de o PSDB estar presente nos 246 municípios goianos, onde em seus três mandatos (o atual em exercício), ele deixou algumas marcas e isso acaba pesando. Como vai pesar, também, o surgimento de um nome novo no cenário político, como foi Marconi em 1998, desbancando Íris Rezende (PMDB) que, até então, parecia ser imbatível. Antônio Gomide, pré-candidato pelo PT, quer aproveitar este espaço, mas precisa de um aliado forte, como o PMDB, que é também um partido bem estruturado em todo o Estado, ou seja, também possui capilaridade. E, se o candidato for do PMDB, Íris ou Júnior Friboi, precisar do PT que tem três dos 10 maiores colégio eleitorais, entre os quais, o de Goiânia, que representa mais de 20% do total do eleitorado goiano.
Na política há, também, um dito popular que é muito respeitado: cada eleição é uma eleição. No final das contas, quem sabe, se a pequena Anhanguera, com os seus 976 eleitores, venha a decidir nas derradeiras urnas a serem abertas, quem será o futuro Governador de Goiás? Política, assim como o futebol, é uma caixinha de surpresas.
Comentários
Deixe seu comentário Dê sua opinião a respeito desta notícia. Seu e-mail não será publicado.