O bispo diocesano de Anápolis, Dom João Wilk, comentou o anúncio da renúncia do Papa Bento XVI, que irá ocorrer no próximo dia 28. A notícia, segundo ele, pegou a todos de surpresa, porque é uma decisão à qual não estamos acostumados, disse o religioso, afirmando que em toda a história do papado, houve cinco ou seis registros, apenas, de renúncia.
Para Dom João Wilk, ao renunciar ao pontificado, Bento XVI deu uma demonstração de grande preocupação e amor à Igreja Católica, ao tomar a sua decisão, motivada pelos problemas de saúde e a idade avançada. Bento XVI está com 85 anos de idade e já de há algum tempo, tem problemas que, inclusive, afetam a sua locomoção. Ele (Bento XVI) disse que a renúncia de um papa nunca deveria ocorrer num tempo difícil, mas de serenidade para não deixar problemas para o próximo e a Igreja vive um momento de serenidade, pontuou.
Questionado sobre a possibilidade de o possível sucessor do Papa ser um cardeal brasileiro, Dom João Wilk salientou que a Igreja apoiará aquele que for o escolhido, independentemente da nacionalidade. A igreja, ponderou, acrescentando que a escolha acontecerá com a realização do conclave, através de um colegiado composto por 120 cardeais de diversas nacionalidades e com menos de 80 anos. A votação é fechada e secreta. Enquanto não é definido o novo Papa, a chaminé da capela produz uma fumaça cinza e, depois de feita a escolha é expelida uma fumaça branca. Em seguida, o novo representante do Vaticano é apresentado aos desafios da igreja e aos seus fiéis na fachada da Basílica de São Pedro, explicou Dom João Wilk.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil divulgou uma nota oficial, comentando a renúncia do Papa Bento XVI. Diz o texto: A CNBB é grata à Sua Santidade pelo carinho e apreço que sempre manifestou para com a Igreja no Brasil. A sua primeira visita intercontinental, feita ao nosso País em 2007, para inaugurar a V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, e, também, a escolha do Rio de Janeiro para sediar a Jornada Mundial da Juventude, no próximo mês de julho, são provas do quanto trazia no coração o povo brasileiro.
Campanha da Fraternidade
Em relação à Campanha da Fraternidade, Dom João Wilk ressaltou que a ação não sofrerá qualquer tipo prejuízo, em razão do anúncio de renúncia do Papa. Tradicionalmente, a campanha acontece durante o período da quaresma, entre a quarta-feira de cinzas e a páscoa. Em Anápolis, o lançamento será neste domingo, 17. Este ano, o tema da Campanha da Fraternidade será Fraternidade e Juventude e o lema: Eis-me aqui, envia-me!.
Para o Bispo Dom João Wilk, a Campanha da Fraternidade irá mobilizar a comunidade católica a trazer uma participação maciça dos jovens na igreja e em seus trabalhos.
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